Do Cordeiro da Páscoa ao Cordeiro de
Deus
“E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o e
deu-lhe, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória
de mim.” (Lucas 22:19)
“Este mês vos será o princípio dos meses; este vos será o
primeiro dos meses do ano.”
(Êxodo 12:2)
1. A
Páscoa: Libertação pelo sangue de um cordeiro
Contexto: Instituída por Deus no Egito como o marco da
libertação do povo hebreu (Êxodo 12).
O sangue do cordeiro: Aplicado nos umbrais das portas como
sinal de proteção.
O cordeiro pascal: Tinha que ser sem defeito, macho de um
ano (Êxodo 12:5).
Comida apressada: Pães asmos, ervas amargas e prontidão para
partir (Êxodo 12:11).
Paradoxo: Uma refeição de celebração marcada pela urgência e
sofrimento.
2. A
Santa Ceia: O anúncio de uma nova aliança
Contexto: Jesus celebra a última Páscoa com seus discípulos,
mas a transforma em algo novo.
Novo significado:
O pão representa seu corpo e o vinho, seu sangue – símbolos
de redenção eterna.
O cordeiro agora é Jesus:
João Batista já o havia anunciado: “Eis o Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo”
(João 1:29).
Paradoxo: Uma refeição de despedida que anuncia a vitória
final sobre o pecado e a morte.
3. O
paradoxo entre a Páscoa e a Ceia
Na Páscoa, o povo saiu do Egito.
Na Ceia, somos chamados a sair do mundo.
Na Páscoa, o sangue estava nas portas.
Na Ceia, o sangue está em nós, pela fé.
A Páscoa foi nacional e física.
A Ceia é espiritual e universal.
Na Páscoa, o cordeiro morreu e o povo viveu.
Na Ceia, o Cordeiro morreu e nos deu vida eterna.
A Páscoa lembrava a escravidão.
A Ceia anuncia a liberdade definitiva em Cristo.
4.
Aplicação prática: Como viver o paradoxo hoje
Participar da Ceia é lembrar da cruz, mas também celebrar a
ressurreição.
É refletir sobre o pecado, mas se alegrar pela graça.
É reconhecer que fomos libertos, mas ainda caminhamos rumo à
Canaã Celestial.
Conclusão:
A Páscoa apontava para algo maior...
A Santa Ceia é a revelação do mistério escondido nos
séculos: Cristo é o nosso Cordeiro pascal.
Vivamos cada Ceia com reverência, mas também com esperança e
gratidão.
Pois “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1
Coríntios 5:7).
Boa meditação.
Pr. Aguinaldo Gonçalves.
Joinville. SC
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