segunda-feira, 21 de abril de 2025

 

 


Do Cordeiro da Páscoa ao Cordeiro de Deus

 

“E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lhe, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.” (Lucas 22:19)

“Este mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.”

(Êxodo 12:2)

 

1. A Páscoa: Libertação pelo sangue de um cordeiro

 

Contexto: Instituída por Deus no Egito como o marco da libertação do povo hebreu (Êxodo 12).

 

O sangue do cordeiro: Aplicado nos umbrais das portas como sinal de proteção.

 

O cordeiro pascal: Tinha que ser sem defeito, macho de um ano (Êxodo 12:5).

 

Comida apressada: Pães asmos, ervas amargas e prontidão para partir (Êxodo 12:11).

 

Paradoxo: Uma refeição de celebração marcada pela urgência e sofrimento.

 

 

2. A Santa Ceia: O anúncio de uma nova aliança

 

Contexto: Jesus celebra a última Páscoa com seus discípulos, mas a transforma em algo novo.

 

Novo significado:

O pão representa seu corpo e o vinho, seu sangue – símbolos de redenção eterna.

 

O cordeiro agora é Jesus:

João Batista já o havia anunciado: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”

(João 1:29).

 

Paradoxo: Uma refeição de despedida que anuncia a vitória final sobre o pecado e a morte.

 

 

3. O paradoxo entre a Páscoa e a Ceia

 

Na Páscoa, o povo saiu do Egito.

Na Ceia, somos chamados a sair do mundo.

 

Na Páscoa, o sangue estava nas portas.

Na Ceia, o sangue está em nós, pela fé.

 

A Páscoa foi nacional e física.

A Ceia é espiritual e universal.

 

Na Páscoa, o cordeiro morreu e o povo viveu.

Na Ceia, o Cordeiro morreu e nos deu vida eterna.

 

A Páscoa lembrava a escravidão.

A Ceia anuncia a liberdade definitiva em Cristo.

 

 

4. Aplicação prática: Como viver o paradoxo hoje

 

Participar da Ceia é lembrar da cruz, mas também celebrar a ressurreição.

 

É refletir sobre o pecado, mas se alegrar pela graça.

 

É reconhecer que fomos libertos, mas ainda caminhamos rumo à Canaã Celestial.

 

 

Conclusão:

A Páscoa apontava para algo maior...

A Santa Ceia é a revelação do mistério escondido nos séculos: Cristo é o nosso Cordeiro pascal.

Vivamos cada Ceia com reverência, mas também com esperança e gratidão.

Pois “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7).

 

Boa meditação.

 

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Joinville. SC

 

 


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