segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

 






 

 

“A Geração da Pressa”

 

 

Introdução

 

Vivemos em um tempo acelerado.

Parece que o coração está correndo mais rápido do que a vida.

Hoje tudo precisa ser para ontem.

Queremos respostas imediatas…

Resultados imediatos…

Vitórias imediatas…

 

Vivemos na velocidade da internet 5G, mas com a alma “travando”.

A tecnologia acelera, mas o espírito cansa.

A vida corre, mas o coração tropeça.

 

Há uma frase que descreve muito bem a nossa realidade:

 

“Excesso de passado é depressão; excesso de futuro é ansiedade.”

 

E é exatamente aí que muitos estão vivendo:

— Ou presos ao que já passou…

— Ou apavorados com o que ainda nem aconteceu.

 

Mas a Palavra de Deus nos chama para o equilíbrio do presente, porque é no presente que Deus se revela como Eu Sou, e não Eu Fui ou Eu Serei.

 

 

 

1. A Raiz da Ansiedade: O Medo do Amanhã

 

Jesus disse:

“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã…” (Mateus 6:34)

 

A ansiedade nasce quando tentamos viver um dia que ainda não chegou.

A depressão nasce quando tentamos reviver um dia que já se foi.

Mas a paz nasce quando entendemos que Deus está no controle de hoje.

 

A Bíblia diz:

 

“Entregue o seu caminho ao Senhor, confie nele, e o mais Ele fará.”

(Salmos 37:5)

 

O problema é que queremos que Deus faça, mas não queremos entregar.

Queremos bênçãos no ritmo do céu, mas com a velocidade da internet.

Queremos promessas cumpridas sem o processo.

 

E quando o processo demora, o coração se aperta e a ansiedade cresce.

 

 

2. O Mundo Acelerado e a Falta de Paciência

 

A tecnologia evoluiu, mas a paciência desapareceu.

As pessoas estão sem tempo, sem calma, sem tolerância.

 

* Ninguém quer esperar.

* Ninguém quer ouvir.

* Ninguém quer compreender.

* Ninguém quer caminhar no ritmo do outro.

 

Mas a Bíblia diz:

 

“Sede pacientes na tribulação.” (Romanos 12:12)

 

A paciência é sinal de maturidade espiritual.

Quem confia não se desespera.

Quem descansa não se desgasta.

Quem espera em Deus não perde o equilíbrio.

 

 

3. A Resposta Bíblica Para a Ansiedade

 

Paulo nos ensina o antídoto:

 

“Não andeis ansiosos… mas em tudo apresentem suas petições a Deus, com oração e súplicas e com ações de graças.”

(Filipenses 4:6)

 

Observe:

·         Oração — fale com Deus sobre o presente.

·         Súplicas — entregue a Ele o que você não consegue resolver.

·         Ações de graças — agradeça por aquilo que Ele já fez.

 

E o resultado?

 

“…e a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente.”

(Fp 4:7)

 

Ou seja:

·         Deus não só acalma o coração; Ele vigia sua mente.

·         Ele coloca a paz como um soldado na porta da sua alma.

·         Ele traz descanso quando o mundo cobra pressa.

 

 

4. Aplicação Para os Dias de Hoje

 

Hoje Deus te diz:

 

* Pare de viver refém do passado — Ele já te perdoou.

* Pare de viver escravo do futuro — Ele já está lá.

* Viva o presente — Ele está contigo agora.

 

Quando a ansiedade tentar te dominar, ore.

Quando o medo tentar te paralisar, entregue.

Quando a inquietação tentar te sufocar, respire fundo e declare:

 

“O Senhor é meu Pastor; nada me faltará.” (Salmo 23:1)

 

A ansiedade diz: “E se der errado?”

A fé responde: “E se Deus fizer muito mais do que pedimos ou pensamos?”

 

 

Conclusão:

Deus está no controle.

 

O mundo corre, mas Deus não perde o controle.

A vida acelera, mas Deus não se atrapalha.

Você olha para amanhã com medo, mas Deus olha com soberania.

 

Hoje o Espírito Santo te diz:

 

“Entrega. Confia. Descansa. Eu estou cuidando de você.”

 

E quando a pressa do mundo tentar roubar a sua paz, lembre-se:

O tempo dos homens é rápido, mas o tempo de Deus é perfeito.

 

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Assembleia de Deus.

Joinville. SC

 

 

 


sábado, 22 de novembro de 2025

 

 

“Pelos Vales Escuros com o Bom Pastor”

 

Introdução

1.      Cena inicial

Imagine um vale estreito, envolto por rochas altas. As paredes escurecem ao entardecer, e o fundo do vale já não se vê a luz do sol – só as sombras densas.

Há uma trilha traiçoeira, com pedras soltas. Nas laterais, arbustos e penhascos.

No silêncio quase mortal, você pode ouvir o eco do vento, e talvez até algo mais sinistro:

O estalar de galhos, o arrastar de algo oculto na escuridão.

Esse vale não é para os fracos – é um lugar de perigo, onde assaltantes podem se esconder, onde a sombra da morte parece pairar.

 

2.      Conexão ao Salmo

É exatamente esse cenário que o salmista Davi evoca quando diz:

“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte…” Salmo 23:4. Ele pinta não apenas um momento de medo, mas uma travessia – uma jornada.

 

3.      Objetivo da mensagem

Hoje, vamos mergulhar nesse verso. Primeiro, vamos ver como a tradição judaica entende esse “vale”; segundo imaginar essa travessia como se estivéssemos lá; e, por fim, aplicar à nossa vida moderna:

Quais são os “vales escuros” que atravessamos hoje, e como podemos confiar no Pastor.

 

Parte 1 – Entendendo o “Vale da Sombra da Morte” na tradição judaica

Aqui, é bom trazer alguns comentários judaicos (midrash, Rashi etc.) para dar profundidade.

 

1.         Interpretação de Rashi

Segundo Rashi (comentarista medieval judaico), o termo hebraico usado no salmo é צַלְמָוֶת (tsalmaveth), que Rashi interpreta como “vale de escuridão” ou “terra de trevas”. Ele associa especificamente a esse contexto o deserto de Zif, que aparece em 1 Samuel 23, onde Davi, fugindo de Saul, estava em perigo de morte.

 

Para Rashi, portanto, não é uma figura abstrata, mas algo bem palpável: um lugar real de perigo, onde Davi temia pela vida.

Ele também diz que “todas as vezes que aparece a palavra tsalmaveth, refere-se a escuridão”.

2. Significado da palavra tsalmaveth

A raiz hebraica combina tsel (“sombra”) e maveth (“morte”), o que sugere “a sombra da morte” ou “escuridão mortal”.

Em outras passagens bíblicas, a palavra transmite a ideia de calamidade, aflição ou trevas profundas, não necessariamente morte física imediata.

Há comentaristas (como Amos Chacham) que observam que a vogalização hebraica (pontos vocálicos) pode ter sido posteriormente ajustada, e originalmente pode ter sido lido mais como “tsalmut” (“escuridão profunda”), sem a conotação tão forte de morte literal.

3. Contexto histórico/tradicional

De acordo com a Chabad (tradição judaica), Davi escreveu este salmo enquanto fugia de Saul, escondido no deserto, em meio a perigos reais de morte.

Essa leitura nos ajuda a ver que Davi não está apenas falando poeticamente, mas evocando sua própria experiência de vida: a confiança de que mesmo no deserto mais escuro, Deus estava com ele.

 

Parte 2 – Vagando no Vale: uma narrativa da travessia

Aqui podemos “imaginar” o vale, para que o leitor sinta como se estivesse na cena.

“Fecho os olhos por um instante e imagine você caminhando por esse vale traiçoeiro. A cada passo, as pedras rangem, e a luz desaparece. Uma névoa densa cobre o chão, e nossa respiração ecoa nas paredes rochosas. Algo se move nas sombras — talvez um ladrão, talvez uma fera, talvez apenas o vento.

Mas então, percebo — ele está comigo. Não posso vê-lo, mas sei que há um Pastor ao meu lado. Sua vara se estende para me proteger: se houver um predador, ele o afasta; se eu cair, ele me ergue. Seu cajado guia minha perna trêmula, me mantém no caminho.

Mesmo quando a sombra da morte parece me cercar, eu não tremo, porque não estou sozinho. Ele caminha comigo. Cada passo me leva para fora daquele vale, não porque o perigo tenha desaparecido, mas porque a companhia dele me dá firmeza.

E eu entendo: esta travessia é parte da minha jornada. Não é o fim, mas um trecho. Ele me conduz para uma mesa preparada, mesmo diante dos meus inimigos, e minha vida será marcada pela bondade e pela misericórdia.”

 

Parte 3 – Aplicação para os dias de hoje

Depois de explicar a tradição judaica e pintar a cena, é hora de trazer para a vida real:

1. Identificando nossos vales escuros

Quais são os “vales” modernos que enfrentamos? Desemprego, doença, luto, crise familiar, ansiedade, depressão, injustiças.

O “vale da sombra da morte” pode não ser uma caverna física, mas pode ser uma temporada de escuridão psicológica, emocional ou espiritual.

Às vezes caminhamos por vales sem ver saída, sentindo medo real — e com razão. Mas, como Davi, podemos afirmar: “não temerei mal algum”.

2. A presença transformadora de Deus

O grande consolo é a presença de Deus: “porque tu estás comigo”. Essa frase é tão central.

A vara e o cajado simbolizam dois aspectos de seu cuidado: proteção (vara) e orientação/suporte (cajado). Mesmo quando sofremos, Deus usa esse “instrumento pastoral” para nos confortar e redirecionar.

Não se trata de uma promessa de ausência de dor, mas de uma garantia de companhia.

3. Confiança ativa

Confiar no Pastor implica caminhar no vale, não simplesmente esperar que o vale desapareça magicamente.

Poderíamos orar como Davi: “Senhor, guia-me mesmo quando o caminho é escuro. Usa tua vara para me proteger e teu cajado para me segurar.”

Também é um chamado para testemunhar: quando saímos do vale (ou mesmo no meio dele), podemos dar testemunho da fidelidade de Deus.

4. Missão para a comunidade

Como igreja/comunidade cristã, podemos ser aos outros “vara e cajado”: oferecer apoio prático (cajado) e defesa ou oração (vara).

Há pessoas ao nosso redor atravessando vales — nossa resposta pode ser caminhar com elas, confortar, orar junto, mostrar que não precisam enfrentar sozinhas.

5. Esperança escatológica

Além disso, podemos lembrar da esperança final: para aqueles que confiam no Senhor, esse vale é uma etapa, não o destino final.

A presença de Deus na vida presente aponta para uma promessa maior — a morada “na Casa do Senhor para sempre” (Salmo 23:6).

Isso nos dá coragem para enfrentar o presente e esperar por um futuro com Ele.

 

Conclusão

Davi fala de um vale escuro, um lugar de perigo — não como poesia vazia, mas baseado em experiência real.

A tradição judaica (como Rashi) confirma que esse vale representa tanto escuridão literal quanto espiritual.

Mesmo naquele vale, o Senhor não nos abandona: sua vara nos protege, seu cajado nos guia, e sua presença nos conforta.

 

Reflexão

Identifique seus vales: quais são os momentos de escuridão na sua vida?

Entregue esses medos ao Pastor: peça que Ele caminhe com você, que use sua vara e seu cajado.

Seja instrumento de apoio para outros: caminhe com irmãos que estão em seus vales, compartilhe fé, ofereça sua “experiencia” para sustentar alguém.

Guarde a esperança: este vale não é para sempre — há bondade, misericórdia e uma casa eterna com Deus.

3 Oração de encerramento

“Senhor Deus, meu Pastor fiel,

Mesmo quando eu andar por vales escuros e frios, não temerei, porque Tu estás comigo.

Consola-me com tua fidelidade, guia-me com teu amor, e ajuda-me a ser para os outros testemunha da Tua presença.

Que, no fim desta travessia, eu possa ver tuas veredas de luz e habitar na tua casa para sempre.

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Assembleia de Deus.

Joinville. SC

 


quinta-feira, 13 de novembro de 2025

 

 

 

 

Vai na Minha Casa, Jesus

 

Lucas 19:5–6

 

“E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. E apressando-se, desceu, e recebeu-o com alegria.”

 

Introdução

 

Há uma expressão que ecoa no coração de quem ama a presença de Deus:

“Vai na minha casa, Jesus!”

 

Essa frase é uma oração de fé, um clamor de quem entende que quando Jesus entra em uma casa, tudo muda.

A Bíblia mostra várias ocasiões em que Jesus foi convidado a entrar em lares — e nenhum desses lares permaneceu o mesmo.

 

Hoje, vamos olhar para alguns desses momentos e entender o que acontece quando Jesus vai à nossa casa.

 

 

1. Jesus na casa de Zaqueu – Lucas 19:1–10

 

Zaqueu era um homem rico, mas vazio. Tinha dinheiro, mas faltava paz.

Quando ouviu falar que Jesus passava por Jericó, subiu em uma figueira para ver quem era Jesus.

 

Mas Jesus olhou para cima e disse:

 

“Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa.”

 

Aplicação:

Quando Jesus entra em casa, entra também no coração.

A presença Dele traz arrependimento, transformação e salvação.

 

Zaqueu, tocado por essa presença, disse:

 

“Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.”

 

Quando Jesus vai na casa, o que era ganância vira generosidade,

o que era mentira vira verdade,

o que era treva vira luz.

 

 

2. Jesus na casa de Pedro – Mateus 8:14–15

 

“E Jesus, entrando na casa de Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre. E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e servia-os.”

 

Jesus entra e cura a sogra de Pedro.

Ele não fez um discurso, não exigiu nada — apenas tocou.

 

Aplicação:

Quando Jesus vai na casa, Ele toca o que está doente, cura o que está enfermo, levanta o que está caído.

 

Talvez na sua casa haja alguém enfermo, abatido, desanimado — mas diga com fé:

“Vai na minha casa, Jesus!”

Porque onde Ele entra, a enfermidade sai e a alegria volta a servir!

 

 

3. Jesus na casa de Jairo – Marcos 5:35–43

 

Jairo, chefe da sinagoga, foi até Jesus e suplicou:

 

“Minha filha está morrendo; vem, impõe as mãos sobre ela para que viva.”

 

Mesmo quando disseram: “Tua filha morreu”, Jesus foi à casa de Jairo e disse:

 

“Não temas, crê somente.”

 

Ele entrou, tomou a menina pela mão e disse:

 

“Talita cumi” — que quer dizer “Menina, a ti te digo, levanta-te.”

 

Aplicação:

Quando Jesus vai na casa, Ele ressuscita o que morreu,

Amor

Esperança

 

Talvez o ambiente da sua casa esteja frio, silencioso, sem vida.

Mas se Jesus entrar, aquilo que parecia morto voltará a respirar!

 

 

4. Jesus na casa de Marta e Maria – Lucas 10:38–42

 

“E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus em uma aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa.”

 

Enquanto Marta se preocupava com os afazeres, Maria se assentou aos pés de Jesus para ouvir a Palavra.

 

Aplicação:

Quando Jesus vai na casa, é tempo de parar e ouvir.

Há casas cheias de barulho, mas sem comunhão; cheias de coisas, mas sem a presença.

 

Jesus quer entrar e dizer:

 

“Uma só coisa te é necessária: a minha presença!”

 

 

5. Jesus na casa de Simão, o leproso – Marcos 14:3

 

“E estando Ele em Betânia, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com unguento de nardo puro; e derramou-o sobre a cabeça de Jesus.”

Nessa casa houve adoração. Uma mulher quebrou o vaso e ungiu Jesus.

O aroma encheu toda a casa!

 

Aplicação:

Quando Jesus vai na casa, a adoração enche o ambiente.

Onde há presença de Jesus, há perfume de adoração, há louvor verdadeiro e gratidão no coração.

 

 

Conclusão

Deus está dizendo hoje:

“Eu quero ir na tua casa!”

Quero entrar nos lares onde há lutas, dores e lagrimas,

Para transformar, curar e restaurar.

 

Diga com fé hoje:

 

“Vai na minha casa, Jesus!”

“Entra Senhor, e muda a história da minha família!”

Porque quando Jesus entra,

O choro se transforma em riso,

A enfermidade em saúde,

A morte em vida,

E o desespero em adoração.

 

Reflexão

Josué 24.15

“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”

 

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Grupo Panorama Bíblico.

 

 

 

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 

 

 

A Presença de Deus — Nosso Tesouro Mais Precioso

 

 

“Disse o Senhor: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso.

Então lhe disse Moisés: Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui.”

(Êxodo 33:14-15)

 

 

Introdução

 

Moisés havia experimentado grandes manifestações do poder de Deus: o mar que se abriu, o maná que caía do céu, a água que brotava da rocha. Porém, ele sabia que nada disso teria valor se a presença de Deus não estivesse com ele e com o povo.

Moisés não estava em busca apenas de bênçãos, vitórias ou terras — ele queria a presença do próprio Deus.

 

Em tempos em que muitos buscam as mãos de Deus (aquilo que Ele pode dar), Moisés nos ensina a buscar o rosto de Deus (quem Ele é).

 

 

1. A presença de Deus é o que nos diferencia neste mundo

 

“Pois como se saberá agora que achei graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Não é porventura em andares tu conosco?” (Êxodo 33:16)

 

O que faz o povo de Deus ser diferente não é a riqueza, não é o templo, não é a posição — é a presença do Senhor.

Sem a presença de Deus, a caminhada perde o sentido. Podemos ter recursos, dons e talentos, mas se o Espírito Santo não estiver conosco, tudo se torna vazio.

 

Aplicação:

Hoje, em meio à correria da vida moderna, muitos vivem cansados, preocupados, cheios de atividades — mas sem sentir a presença de Deus. Ele ainda nos convida a priorizar a comunhão com Ele, acima de tudo.

O que nos distingue neste mundo não é o título que temos, mas a presença que carregamos.

 

 

2. A presença de Deus traz descanso à alma

 

“A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso.” (Êxodo 33:14)

 

O descanso que Deus promete não é apenas físico, mas espiritual e emocional.

Há pessoas que dormem a noite inteira, mas não descansam o coração.

Somente a presença de Deus traz paz verdadeira, mesmo no meio das lutas.

 

Aplicação:

Nos dias de hoje, em que a ansiedade e a angústia tomam conta de muitos, o Senhor continua dizendo:

 

“A minha presença irá contigo.”

Quando a presença de Deus está conosco, Ele acalma tempestades, renova forças e nos faz andar em paz, mesmo em meio ao deserto.

 

 

 

3. A presença de Deus é o maior tesouro da vida

 

Moisés preferiu ficar no deserto com Deus a entrar em uma terra prometida sem Ele.

Ele sabia que nenhum sucesso, conquista ou realização vale a pena se Deus não estiver presente.

 

Aplicação:

Hoje, muitos correm atrás de bens, status e reconhecimento. Mas o verdadeiro tesouro é ter Deus habitando dentro de nós.

Como disse o salmista:

 

“Na tua presença há plenitude de alegria; à tua destra, delícias perpetuamente.” (Salmo 16:11)

 

Nada se compara ao prazer de estar em comunhão com o Senhor.

 

 

Conclusão

 

Moisés nos ensina a orar não por bênçãos, mas por presença.

A presença de Deus é o que nos sustenta no vale, nos guia na jornada e nos fortalece para vencer.

 

Que esta seja também a nossa oração:

 

“Senhor, se a Tua presença não for comigo, não me deixes ir.”

 

 

 

Porque a presença de Deus é o maior tesouro que um cristão pode ter.

Sem ela, nada tem valor; com ela, até o deserto floresce.

 

 

Reflexão:

 

Hoje, Deus te convida a renovar a comunhão com Ele.

Volte a buscar Sua presença com o coração sincero.

Não busque apenas o que Ele pode fazer, mas quem Ele é.

A presença de Deus é o segredo da vitória, o refúgio na dor e o tesouro que enriquece eternamente.

 

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Assembleia de Deus.

Joinville. SC

 

 

 


sexta-feira, 31 de outubro de 2025

 


 

 

“Quando Jesus Abre os Olhos: O Milagre Que Transforma Histórias”

 

 

João 9:1–12

 

“E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença.” (João 9:1)

 

 

Introdução

 

Nesta passagem, encontramos um homem que nasceu cego — não foi um acidente, não foi um evento inesperado; ele nunca viu a luz do dia. Aos olhos da sociedade, era um homem limitado, sem perspectiva, preso à condição em que nasceu.

 

Mas Jesus passa, olha para ele e muda sua história.

 

Assim acontece conosco: quando Jesus passa em nossa vida, nada permanece como estava.

 

 

1. Jesus Enxerga Onde o Homem Não Vê (v. 1)

 

A Bíblia diz: “passando Jesus, viu...”

 

Muitos passaram por aquele cego e não viram nada além de um problema social.

Mas Jesus não vê como o homem vê. Ele vê valor onde outros veem falha, vê propósito onde outros veem derrota.

 

Aplicação

Talvez pessoas olharam para você e disseram que você não ia conseguir.

Talvez o mundo te rotulou pela tua condição, história, erros ou limitações.

 

Mas Jesus te vê.

Ele conhece teu coração, tua dor e teu potencial em Deus.

 

 

2. Nem Todo Sofrimento é Castigo — Há Propósito na Dor (v. 2–3)

 

Os discípulos perguntam: “Quem pecou? Ele ou seus pais?”

 

Naquela época, muitos acreditavam que toda dificuldade era castigo.

Mas Jesus responde:

 

“Nem ele pecou, nem seus pais, mas para que se manifestem nele as obras de Deus.”

 

 

Há dores na vida que não entendemos — perdas, injustiças, enfermidades, limitações, crises.

Mas Jesus nos lembra: não é punição — é cenário para manifestação da glória de Deus.

 

Aplicação

Não pense que o vale que você passa é abandono.

Às vezes Deus permite cenários impossíveis para mostrar que só Ele pode reverter.

 

Onde o homem vê miséria, Jesus prepara milagre.

 

 

3. Obediência que Gera Milagre (v. 6–7)

 

Jesus unge os olhos do cego com lodo e manda ele ir lavar no tanque de Siloé.

 

Poderia parecer estranho, ilógico.

Mas o milagre vem para quem ouve e obedece.

 

Se aquele homem não tivesse ido, nunca teria visto.

 

Aplicação

Hoje Deus te chama a obedecer:

 

Perdoar quem te feriu

 

Romper com o pecado

 

Firmar vida de oração

 

Servir com humildade

 

Crer mesmo sem entender

 

 

Milagres acontecem depois da obediência, não antes.

 

 

4. Quando Deus Muda Nossa Vida, Muitos Não Entendem (v. 8–12)

 

Os vizinhos e conhecidos olharam e disseram:

 

“Não é aquele que estava sentado pedindo esmola?”

 

“É ele!”

 

“Não, é só parecido!”

 

 

Quando Deus levanta alguém, nem todos vão acreditar.

Alguns vão duvidar, criticar, invejar ou tentar explicar o milagre.

 

Mas o homem disse:

 

“Eu sou!”

 

 

 

Quem tem experiência com Cristo não precisa provar nada — só testemunhar

 

Ele não sabia explicar tudo, mas sabia o essencial:

 

“Um homem chamado Jesus me curou.”

 

 

 

Conclusão

 

Assim como aquele cego:

 

Você pode ter limitações

 

Pode ter sido desacreditado

 

Pode não entender algumas dores

 

Pode estar esperando o mover de Deus

 

 

Mas Jesus está passando hoje!

 

E quando Ele toca:

 

A visão renasce

 

A esperança revive

 

A história muda

 

A glória de Deus se manifesta

 

 

Reflexão

 

Hoje, deixe Jesus abrir seus olhos espirituais.

Obedeça, mesmo que não entenda o método.

Creia, mesmo que outros duvidem.

Testemunhe, mesmo que você ainda não tenha todas as respostas.

 

E diga como aquele homem:

 

“Eu era cego, e agora vejo!”

 

Que o Senhor abra nossos olhos para enxergarmos a graça, o propósito e o mover Dele em nossas vidas.

 

Pastor Aguinaldo Gonçalves.

Grupo Panorama Bíblico.

 


quinta-feira, 30 de outubro de 2025

 

 

 

A Força da Oração em Todo Tempo

 

 

“Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos.”

(Efésios 6:18)

 

 

 

Introdução

 

A carta aos Efésios nos revela grandes verdades espirituais, e no capítulo 6 Paulo nos apresenta a armadura de Deus, ferramentas espirituais para resistirmos ao mal. Mas observe: depois de falar do cinturão da verdade, couraça da justiça, escudo da fé, capacete da salvação e espada do Espírito, ele conclui dizendo: “Orando em todo tempo...”

 

Ou seja, sem oração, a armadura não tem efeito. A oração é o fôlego do crente; é a linha direta entre nós e o trono de Deus. É pela oração que vencemos batalhas, que recebemos direção e que permanecemos firmes.

 

 

1. "Orando em todo tempo" — Oração como estilo de vida

 

Paulo não diz orar de vez em quando, ou somente na igreja, mas em todo tempo.

 

Orar ao acordar

 

Orar ao trabalhar

 

Orar antes de decisões

 

Orar em tempos bons e ruins

 

 

A oração não é um ritual — é relacionamento contínuo com Deus.

 

Hoje vivemos na correria: celular, redes sociais, notificações, preocupações…

Mas o Espírito nos chama a viver conectados ao céu, mais do que às telas.

 

 

2. "Com toda oração e súplica" — Tipos de oração

 

A oração tem momentos diferentes:

 

Ação de graças: reconhecendo o que Deus já fez

 

Súplica: clamando por ajuda

 

Intercessão: orando por outros

 

Adoração e louvor: exaltando o nome do Senhor

 

 

Há dias que oramos com alegria, outros com lágrimas — e Deus recebe todas elas.

 

Quando a boca se cala, a alma ora. O Espírito nos ajuda nas nossas fraquezas (Rm 8:26).

 

 

3. "Vigiando nisso com perseverança" — Não desistir de orar

 

A oração exige vigilância e perseverança. Nem sempre a resposta vem na hora.

Jesus disse: “Vigiai e orai” (Mt 26:41).

 

O inimigo trabalha para nos distrair, esfriar ou cansar.

Mas quem persevera na oração, permanece firme na fé.

 

Hoje muitos começam orando e terminam desistindo.

Mas Deus busca aqueles que continuam mesmo sem ver — e Ele recompensa!

 

“A oração do justo pode muito em seus efeitos.” (Tiago 5:16)

 


4. “Súplica por todos os santos” — Orar uns pelos outros

 

Em um tempo de individualismo, onde muitos só pensam em si, Paulo diz:

Orem uns pelos outros!

 

Pelas famílias da igreja

 

Pelos missionários

 

Pelos jovens

 

Pelos que estão fracos na fé

 

Pelos enfermos e aflitos

 

 

A igreja que ora unida, permanece unida. O inimigo teme uma igreja de joelhos.

 

 

Aplicação

 

Vivemos tempos de batalha espiritual intensa:

 

Ataques à família

 

Crises emocionais

 

Depressão e ansiedade crescendo

 

Influência do mal através da mídia e do mundo

 

 

A resposta não está apenas em força humana — está no altar!

 

Precisamos voltar a levar a oração a sério

 

Reservar tempo diário com Deus

 

Cultivar vida de oração em casa, não só na igreja

 

Ensinar nossos filhos a orar

 

Ser igreja que ora antes de agir

 

 

Quando a igreja ora, Deus abre portas, cura corações, converte vidas, liberta cativos e derrama avivamento.

 

 

Conclusão

 

A batalha é espiritual, e a arma é a oração.

Orar não é perda de tempo — é investimento eterno.

 

Que hoje você saia daqui com esse propósito no coração:

“Eu vou orar mais, eu vou buscar mais, eu vou me manter conectado ao céu.”

 

E o Deus que ouve a oração te fortalecerá, te guardará e te dará vitória.

 

 

Reflexão

 

Se você sente que sua vida de oração precisa ser renovada, diga a Deus hoje:

 

“Senhor, ensina-me a orar. Dá-me prazer na Tua presença e perseverança na oração.”

 

Que o Espírito Santo reacenda o fogo do altar em nossos corações!

 

 

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Assembleia de Deus.

Joinville. SC