sábado, 11 de outubro de 2025

 

 

QUANDO LEMBRAMOS DO DEUS DE NOSSOS PAIS

 

2 Crônicas 33:12-13

 

“E ele, angustiado, orou deveras ao Senhor, seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais. E fez-lhe oração, e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino; então reconheceu Manassés que o Senhor é Deus.”

 

 

Introdução

 

Há momentos na vida em que o ser humano chega ao fundo do poço.

Erros, escolhas erradas, caminhos tortuosos… tudo parece perdido.

Mas a Bíblia mostra que mesmo nesses momentos, há esperança para quem lembra do Deus dos seus pais e se humilha em arrependimento.

 

 

1. MANASSÉS – O REI QUE SE ARREPENDEU NO CATIVEIRO

 

2 Crônicas 33:10-13

 

Manassés foi um dos piores reis de Judá.

Ele levantou altares a deuses estranhos, contaminou o templo do Senhor e fez o povo se desviar.

Por causa disso, foi levado cativo à Babilônia, com correntes e ferros.

Mas ali, na prisão, humilhado e sem saída, lembrou-se do Deus de seus pais.

 

Ele orou com sinceridade, e Deus o ouviu!

O mesmo Deus que o castigou foi o Deus que o perdoou e o restaurou.

 

Aplicação:

Hoje muitos estão presos — não em correntes visíveis, mas em vícios, culpas, pecados e derrotas.

Mas se, como Manassés, dobrarem os joelhos e clamarem, o Deus de misericórdia ainda ouve orações sinceras e restaura vidas!

 

 

2. JONAS – O PROFETA QUE FUGIU, MAS FOI ALCANÇADO PELA GRAÇA

 

Jonas 2:1-2

 

“Então Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus, e disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu...”

 

Jonas desobedeceu ao chamado de Deus.

Tentou fugir da presença do Senhor, mas acabou no ventre de um grande peixe.

Ali, no mais profundo abismo, lembrou-se do Senhor e orou.

E o Deus que disciplina também é o Deus que liberta — e o peixe o vomitou em terra seca.

 

Aplicação:

Quantos hoje estão como Jonas — fugindo da vontade de Deus!

Mas o Senhor, em sua infinita graça, permite momentos de aperto para despertar o arrependimento.

Se você clamar do fundo do “ventre do peixe”, Deus ainda tem poder para te colocar de pé e te dar uma nova oportunidade!

 

 

3. SANSÃO – O HERÓI QUE SE DISTANCIOU, MAS LEMBROU DO SENHOR

 

Juízes 16:28

 

“Então Sansão clamou ao Senhor e disse: Senhor Deus, lembra-te de mim, e fortalece-me só está vez...”

 

Sansão foi escolhido, ungido e separado para uma grande obra.

Mas o pecado o cegou — literalmente.

Entregou-se ao engano de Dalila e perdeu tudo.

Porém, no fim da vida, lembrando-se do Deus que o escolheu, orou com arrependimento e fé.

E Deus lhe deu força mais uma vez para vencer seus inimigos.

 

Aplicação:

Mesmo quando o pecado nos enfraquece, Deus ainda pode restaurar a força espiritual daquele que se arrepende.

Ele não rejeita um coração quebrantado (Salmo 51:17).

 

 

4. O FILHO PRÓDIGO – QUANDO A LEMBRANÇA DO PAI TRAZ ESPERANÇA

 

Lucas 15:17-20

 

“Caindo, porém, em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai...”

 

O jovem desperdiçou tudo, vivendo de forma dissoluta.

Mas quando chegou ao fundo do poço, lembrou-se da casa do pai e decidiu voltar.

E o pai o recebeu com amor, vestiu-lhe novas roupas e lhe deu um anel de filho.

 

Aplicação:

O mesmo Pai que recebeu o pródigo está de braços abertos hoje.

Não importa quão longe alguém tenha ido — a lembrança do Deus dos nossos pais ainda pode acender a chama da restauração.

 

Conclusão

 

O que esses homens têm em comum?

Todos caíram profundamente, mas também se levantaram pela graça.

 

·         Quando lembraram do Deus de seus pais,

·         Quando reconheceram que sem Ele não há saída,

·         Quando se humilharam em arrependimento sincero; Deus ouviu!

 

Reflexão

Talvez hoje alguém esteja no fundo do poço, sem saída.

Mas se nesta hora dobrar os joelhos e lembrar do Deus que livrou Manasses, ouviu Jonas, fortaleceu Sansão e recebeu o filho prodigo...

O mesmo Deus ouvira, perdoara e trará livramento.

“Porque o Senhor teu Deus é Deus misericordioso; não te deixara, nem te destruirá.”

(Deuteronômio 4.31).

 

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Colaboração:

Dc. Arivaldo Gonçalves.

Grupo Panorama Bíblico.

 

 


domingo, 5 de outubro de 2025

 

 

 

Remendo Novo em Pano Velho

 

Mateus 9:16-17

 

“Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura.

Nem se deita vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, entorna-se o vinho, e os odres se perdem; mas deita-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.”

 

 

 

Introdução – Jesus e o ensino profundo

 

Neste texto, Jesus usa uma comparação simples, mas carregada de sabedoria.

Ele fala de remendo novo em pano velho e de vinho novo em odres velhos — imagens que, para o povo daquela época, faziam total sentido.

 

O pano novo, ao ser costurado em roupa velha, quando encolhe, rasga ainda mais o tecido antigo.

Da mesma forma, um odre velho, ressecado e duro, não suporta o vinho novo que fermenta e se expande — ele se rompe.

 

Jesus está mostrando que a nova vida que Ele oferece não pode ser misturada com as velhas práticas, hábitos e costumes de um coração que ainda não foi transformado.

 

 O significado espiritual – O novo não combina com o velho

 

O “pano novo” representa a nova vida em Cristo, o novo nascimento, a transformação que o Espírito Santo faz.

O “pano velho” representa a velha natureza, o pecado, a religiosidade sem mudança, a vida vivida longe de Deus.

 

Jesus não veio para fazer pequenos reparos no velho homem — Ele veio para fazer tudo novo!

 

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17)

 

Deus não quer apenas “remendar” a vida antiga, mas transformar completamente o coração do homem.

 

 Aplicação – O cristão e a mudança verdadeira

 

Hoje, muitos querem o “evangelho do remendo”.

Querem frequentar a igreja, cantar, orar, mas continuar com as velhas atitudes:

 

o mesmo temperamento explosivo,

 

as mesmas conversas indevidas,

 

os mesmos pecados escondidos,

 

o mesmo coração endurecido.

 

 

Mas o evangelho de Jesus não é um remendo para o velho homem — é uma vida nova em Cristo!

 

 Jesus quer te renovar por completo: mente, coração, atitudes, palavras e escolhas.

Não adianta colocar “um remendo de religião” sobre um coração velho — é preciso nascer de novo.

 

“Necessário vos é nascer de novo.” (João 3:7)

 

 

 

 O vinho novo – Um símbolo do Espírito Santo

 

O vinho novo fala da presença e da unção do Espírito Santo.

Ele não pode ser derramado em “odres velhos” — em corações duros, resistentes, cheios de si mesmos.

 

Para receber o vinho novo, precisamos ser odres novos: maleáveis, humildes, dispostos a mudar.

 

Quando o Espírito Santo encontra um coração quebrantado, Ele derrama algo novo — paz, alegria, poder, sabedoria e graça.

 

 

Conclusão – Deixe Deus fazer tudo novo

 

Deus não quer remendar sua vida antiga.

Ele quer recriar, restaurar, renovar, transformar tudo!

 

Talvez você tenha tentado “consertar” o pano velho — com boas intenções, promessas e esforços — mas o Senhor te chama hoje para uma entrega total.

 

Deixe o Espírito Santo renovar o teu coração!

Troque o pano velho pela veste nova da salvação, e seja um odre novo cheio do vinho novo da presença de Deus!

 

“Eis que faço novas todas as coisas.” (Apocalipse 21:5)

 

 

Reflexão

 

Em um mundo que tenta viver de aparências, remendando o velho, Jesus ainda chama:

“Vem, e Eu te farei novo.”

Não viva com um evangelho de aparência.

Deixe o Espírito Santo fazer algo novo e real dentro de você.

 

 

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Assembleia de Deus.

Joinville. SC


terça-feira, 30 de setembro de 2025

 

 

 

      

“Deus Te Vê”

 

João 1:47-48

 

"Jesus viu Natanael aproximar-se e disse dele: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu Jesus e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira."

 

 

1. A Visão de Cristo é Completa

 

Jesus viu Natanael antes mesmo do encontro físico.

 

Ele conhece o interior, o coração, a verdade do homem.

 

Natanael não era alguém famoso, poderoso ou rico, mas era visto pelo olhar divino.

 

 

Aplicação

Hoje, mesmo quando você se sente esquecido, ignorado ou sem importância, saiba que Deus te vê. Ele não enxerga apenas sua aparência, mas seu coração.

 

 

2. Deus Te Vê Mesmo na Solidão

 

Natanael estava debaixo da figueira, um lugar de descanso e reflexão. Talvez pensasse estar sozinho, mas estava diante do olhar de Cristo.

 

Às vezes, buscamos momentos a sós, em silêncio, chorando sem que ninguém perceba — mas Deus já está ali.

 

 

Aplicação

Nos dias de hoje, muitos se sentem abandonados — no quarto fechado, no hospital, no ônibus lotado, no trabalho exaustivo. Mesmo nesses lugares, Deus te vê e conhece suas dores.

 

 

3. Deus Te Vê em Meio às Dificuldades

 

Jesus não apenas viu a posição física de Natanael, mas também sua sinceridade, sua luta interior.

 

O olhar de Cristo vai além do que os olhos humanos alcançam.

 

Ele vê a lágrima que ninguém viu, a luta que ninguém entende e a oração que ninguém ouviu.

 

 

Aplicação

Quando passamos por problemas financeiros, familiares ou espirituais, podemos pensar que Deus se esqueceu de nós. Mas a palavra garante: “Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor” (Salmo 34:15).

 

 

4. A Visão de Deus Traz Transformação

 

Quando Natanael percebeu que Jesus o havia visto antes mesmo do encontro, ele reconheceu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel” (João 1:49).

 

O olhar de Cristo trouxe fé, convicção e mudança de vida para Natanael.

 

 

Aplicação

Assim também hoje, quando entendemos que Deus nos vê, não andamos mais desesperados, mas fortalecidos na esperança. A certeza de que Ele está conosco nos faz permanecer firmes.

 

 

Conclusão

 

Deus te vê.

 

Ele te viu no passado, quando você ainda não O conhecia.

 

Ele te vê no presente, em cada luta e dificuldade.

 

Ele te verá no futuro, sustentando sua fé até a vitória final.

 

 

Reflexão

Ainda que ninguém mais perceba sua dor, ainda que você se sinta invisível neste mundo, lembre-se: Deus te vê. E se Ele te vê, Ele também cuida, guarda e age em teu favor.

 

Pr. Aguinaldo Gonçalves.

Assembleia de Deus.

Joinville. SC


domingo, 21 de setembro de 2025

 

 

 

 

“O Deus que dá vitória e revela as consequências”

 

Juízes 1:4-7.

 

Introdução

 

O livro de Juízes nos mostra uma realidade espiritual muito parecida com a de hoje:

um povo que precisava aprender a confiar em Deus no meio das batalhas.

Logo no primeiro capítulo vemos uma lição forte: Deus dá vitória, mas também traz juízo justo sobre aqueles que desprezam a Sua vontade.

O episódio de Adoni-Bezeque é uma lembrança clara de que tudo o que fazemos nesta vida tem consequência. E neste texto, o Senhor quer nos ensinar três lições: quem dá a vitória é Ele, que a colheita é certa, e que a Sua justiça é perfeita.

 

1. O Deus que entrega os inimigos em nossas mãos

 

“Subiu, pois, Judá, e o Senhor lhes entregou os cananeus e os perizeus; e feriram deles em Bezeque a dez mil homens.” (Jz 1:4)

 

O povo de Judá não venceu pela sua força, mas porque o Senhor entregou os inimigos em suas mãos.

 

Assim também, a nossa vitória hoje não depende apenas da nossa habilidade, mas da presença e direção de Deus.

 

Muitas vezes, lutamos batalhas espirituais, familiares e até emocionais, mas quando obedecemos ao Senhor, Ele mesmo coloca o inimigo sob nossos pés.

 

 

Aplicação

 

Se hoje você está em luta, lembre-se: a vitória vem do Senhor. Não é pela espada, mas pela fidelidade a Ele.

 

 

2. O julgamento de Adoni-Bezeque

 

“E acharam a Adoni-Bezeque em Bezeque, e pelejaram contra ele...” (Jz 1:5)

 

Adoni-Bezeque era um rei poderoso, que já havia derrotado e humilhado setenta reis, cortando-lhes os polegares e os dedões.

 

Esse gesto significava que aqueles reis não poderiam mais lutar nem correr.

 

Mas o que ele fez com os outros, acabou voltando para ele: o mesmo juízo caiu sobre sua vida.

 

 

Aplicação

 

O que semeamos, colhemos. Se plantamos injustiça, receberemos juízo. Se plantamos misericórdia, colheremos misericórdia.

 

Deus não se deixa escarnecer. Mais cedo ou mais tarde, a colheita vem (Gl 6:7).

 

 

 

3. Reconhecimento da justiça de Deus

 

“Setenta reis, a quem cortei os polegares das mãos e dos pés, apanhavam as migalhas debaixo da minha mesa; como eu fiz, assim Deus me pagou.” (Jz 1:7)

 

Adoni-Bezeque reconheceu: “Assim como fiz, Deus me pagou.”

 

Ele entendeu que não era apenas a espada de Judá, mas o juízo de Deus que o alcançara.

 

Até o ímpio tem que reconhecer que Deus é justo.

 

 

Aplicação

 

Nos dias de hoje, Deus continua sendo justo juiz. Muitos tentam viver como se não houvesse consequência para o pecado, mas cedo ou tarde, a justiça de Deus se manifesta.

 

Para o crente fiel, essa justiça é esperança, porque sabemos que Ele nunca nos deixará sem recompensa (Hb 6:10).

 

 

4. Aplicações práticas para nós hoje

 

1. Confiança em Deus nas batalhas: não confie só em sua força, mas no Senhor que dá a vitória.

 

 

2. Cuidado com as sementes que plantamos: nossas atitudes de hoje podem voltar amanhã em forma de colheita.

 

 

3. Reconhecer a justiça de Deus: mesmo quando não entendemos, Ele continua sendo justo.

 

 

4. Viver com temor e gratidão: porque se hoje vencemos, é porque Deus nos sustentou.

 

 

Reflexão

 

Assim como o povo de Judá venceu porque Deus estava com eles, nós também podemos vencer nossas batalhas.

Mas a vida de Adoni-Bezeque nos ensina que tudo o que fazemos tem consequência.

Por isso, vivamos com temor, confiança e gratidão diante do Senhor.

 

“Porque o Senhor é o nosso juiz; o Senhor é o nosso legislador; o Senhor é o nosso rei; Ele nos salvará.” (Isaías 33:22)

 

Conclusão

 

Este texto nos mostra duas realidades:

 

Para o povo de Judá, vitória, porque confiaram no Senhor.

 

Para Adoni-Bezeque, juízo, porque viveu sem temor a Deus.

 

Hoje, Deus coloca diante de nós a mesma escolha:

Viver debaixo da graça, confiando n’Ele, e experimentar vitórias espirituais.

Ou viver sem temor, longe de Deus, e colher as consequências do pecado.

 

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm 6:23)

 

Se há alguém hoje que ainda não entregou a vida a Cristo, este é o momento.

Não espere colher as consequências amargas do pecado.

Hoje o Senhor te chama para viver perdão, vitória e vida eterna em Jesus.

 

Pastor Aguinaldo Gonçalves.

Grupo Panorama Bíblico.

Joinville. SC


domingo, 3 de agosto de 2025

 

 

 

A Raiz de Amargura – Um Mal Escondido no Coração

 

Hebreus 12:15

 

"Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem."

 

Introdução

 

A raiz de amargura é algo silencioso, sutil e destrutivo. Ela nasce de mágoas mal resolvidas, de ofensas guardadas, e cresce no coração daqueles que dizem ter perdoado... mas ainda carregam o ressentimento. O problema é que essa raiz não apenas contamina quem a abriga, mas também aqueles ao redor.

 

Muitos dizem: “Está tudo certo, já perdoei.” Mas basta uma situação de atrito ou uma oportunidade para humilhar o outro, e tudo volta à tona. A ferida que era para estar curada é aberta novamente. Isso revela um coração doente, ferido, e que precisa ser tratado por Deus.

 

1. A Falsa Ilusão do Perdão

 

Existem cristãos que dizem ter perdoado, mas não esqueceram. O problema não está em esquecer, pois só Deus tem a capacidade de apagar lembranças. O problema está em usar o passado como arma.

 

Provérbios 10:12 – “O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados.”

 

 

 

Quem vive trazendo o passado à tona, principalmente para expor e envergonhar o outro, não perdoou de verdade. Está alimentando uma raiz venenosa, que a qualquer momento pode produzir frutos amargos.

 

2. A Humilhação como Sinal de Doença Espiritual

 

Quando alguém expõe o outro em público, joga erros antigos no rosto ou tenta humilhar, revela imaturidade espiritual. É um coração que não foi curado, uma alma que ainda está presa ao orgulho, ao ego e à ferida.

 

Tiago 3:10 – “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.”

 

 

 

Quem age assim não está refletindo o caráter de Cristo. Está longe do verdadeiro Evangelho.

 

3. Pensam que São, Mas Não São

 

Há aqueles que se julgam espirituais, conhecedores da Palavra, maduros na fé. Mas, quando se observam seus relacionamentos, atitudes e palavras, vê-se que falta amor, compaixão e humildade.

 

1 João 2:9 – “Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está em trevas.”

 

 

Não basta dizer que é crente. Tem que viver como Cristo viveu, perdoar como Cristo perdoou, amar como Cristo amou.

 

4. O Evangelho de Jesus é Cura e Restauração

 

O verdadeiro Evangelho cura. Jesus veio para libertar os oprimidos, curar os de coração quebrantado e restaurar os relacionamentos.

 

 Lucas 4:18 – “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração…”

 

Se alguém vive com rancor, é sinal de que ainda não permitiu que o Espírito Santo toque profundamente sua ferida.

 

Aplicação:

 

Vivemos dias em que as ofensas se acumulam e os corações se tornam endurecidos. Redes sociais viraram palcos de indiretas, e os púlpitos, às vezes, são usados para recados velados. Mas o cristão verdadeiro vive em reconciliação.

 

Se você diz que perdoou, mas ainda sente prazer em expor o outro, em vê-lo envergonhado, então você precisa de cura.

 

Examine-se hoje. Peça a Deus para arrancar toda raiz de amargura. Não seja um agente de contaminação no Corpo de Cristo. Seja um canal de cura e restauração.

 

Conclusão

 

Efésios 4:31-32 – “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas de entre vós, com toda a malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”

 

Reflexão

Cristão verdadeiro não guarda rancor. Ele perdoa, se compadece e estende a mão. Porque quem está em Cristo é nova criatura. E uma nova criatura não vive do passado, mas caminha em direção ao céu.

 

Pastor Aguinaldo Gonçalves.

 

 


domingo, 27 de julho de 2025

 

 

“Apóstolo Paulo — Um Legado que Ecoa até os Confins da Terra”

 

2 Timóteo 4:7-8

"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia..."

 

 

Introdução:

 

Hoje queremos honrar a memória e o legado do apóstolo Paulo, um gigante da fé que foi chamado não por homens, mas por Jesus Cristo, para ser instrumento de salvação aos gentios. Um homem que teve sua vida transformada de perseguidor a proclamador do evangelho, e que deixou um impacto eterno sobre a Igreja de Cristo.

 

1. A Transformação de Paulo – De Perseguidor a Pregador

 

Atos 9:15-16

"Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios..."

 

Nascido em Tarso, cidadão romano, fariseu zeloso, criado aos pés de Gamaliel.

 

Perseguidor dos cristãos, presente na morte de Estêvão (Atos 7).

 

Convertido no caminho para Damasco, onde teve um encontro pessoal com Jesus.

 

Sua transformação foi tão profunda que logo passou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.

 

 

 

 

2. A Importância de Paulo para o Cristianismo

 

Levou o evangelho além das fronteiras de Israel, aos gentios (não judeus).

 

Fundou várias igrejas na Ásia Menor, Grécia, Macedônia.

 

Enfrentou prisões, naufrágios, perseguições, mas nunca recuou.

 

Seu trabalho missionário foi vital para que o evangelho chegasse até o Império Romano e, por consequência, ao mundo.

 

 

Romanos 1:16

"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo..."

 

 

3. As Cartas Paulinas – Tesouros para a Igreja

 

Paulo escreveu 13 cartas (ou 14, se incluir Hebreus como de autoria paulina) que compõem o coração da doutrina cristã no Novo Testamento. Dividem-se em categorias importantes:

 

A. Cartas Missionárias ou Doutrinárias

 

Romanos, 1 e 2 Coríntios, gálatas, 1 e 2 Tessalonicenses

 

Abordam temas como: salvação pela fé, a justificação, o fruto do Espírito, a volta de Cristo.

 

 

Ex: A carta aos Romanos foi escrita provavelmente de Corinto, por volta do ano 57 d.C., e é considerada o tratado mais completo sobre a doutrina da salvação.

 

 

B. Cartas do Cativeiro

 

Escritas enquanto Paulo estava preso: Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom

 

Escritas por volta de 60–62 d.C., em Roma.

 

Mostram a alegria em meio ao sofrimento, o amor fraternal e o mistério da Igreja como o Corpo de Cristo.

 

 

Filipenses 1:13 – "De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas..."

 

 

C. Cartas Pastorais

 

1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito

 

Escritas por volta de 63–67 d.C., entre prisões, para orientar líderes jovens na condução da Igreja.

 

Falam de liderança, doutrina sadia, combate aos falsos mestres e perseverança no ministério.

 

 

1 Timóteo 4:16 – "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas..."

 

 

4. O Legado de Paulo — Uma Vida Gasta por Amor a Cristo

 

Enfrentou prisões, açoites, apedrejamentos, naufrágios — e permaneceu firme.

 

Trabalhou como fazedor de tendas, não buscando enriquecer com o evangelho.

 

Morreu decapitado em Roma, como mártir da fé, por volta do ano 67 d.C.

 

 

Gálatas 2:20 – "Já estou crucificado com Cristo..."

 

 

5. Aplicação para os Dias de Hoje

 

Que cada crente viva com a mesma paixão e zelo que Paulo teve por Jesus.

 

Que valorizemos as Escrituras que ele deixou, pois são alimento para nossa alma e luz para nossos passos.

 

Que líderes espirituais tenham o mesmo cuidado com a sã doutrina e com o rebanho, como Paulo demonstrou.

 

 

Conclusão:

 

O apóstolo Paulo é uma inspiração eterna para todo cristão. Seu amor por Cristo, sua dedicação à missão e sua fidelidade até a morte nos mostram o que significa viver totalmente para a glória de Deus.

 

2 Coríntios 5:14-15

"Pois o amor de Cristo nos constrange... para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou."

 

Pastor Aguinaldo Gonçalves.

Assembleia de Deus.

Joinville. SC